Todos os 8 bolsistas ganharam ingressos para assistir ao ballet do Quebra Nozes, sim, o mesmo do filme da Disney.
Um casal veio nos pegar aqui no apartamento ontem por volta das 17h, Robert e Paulette. Muito gente fina os dois, já viajaram meio mundo. Daí nós fomos jantar em um restaurante italiano, de verdade mesmo, até o menu estava em italiano.
Feio, né? Mas foi isso aí que eu comi. Torteletti de queijo com espinafre, tomate e creme de 4 queijos. Mew, a hora que eu cortei um desses tortelettis aí, saiu o queijo derretendo de lá de dentro… ai que coisa gostosa! Me senti na Gadioli, estava muito bom, sabe aquele tempero na medida certa? Nossa, muito bom. Até comi devagar para não acabar rápido 😛
O restaurante também era muito bonito, pequeno, luz ambiente, música de fundo, muito legal. O único problema foram os egípcios… mew, os caras não param de tirar foto e foto com flash, flash duplo, enche o saco!! E depois da Black Friday, eles não somente estão com máquina digital, mas com filmadora! Oh, inferno!
Depois do restaurante nós tivemos que andar até o teatro, 4 quarteirões e eu com salto. Se eu soubesse que ia andar tanto, teria ido de tênis, pow! Chegamos no teatro e começou o tira-foto-freneticamente de novo. Peguei meu ingresso e subi para encontrar a minha cadeira. O cenário estava lindo sem nem começar o ballet. Nós estávamos na fileira do meio, consegui uma cadeira no corredor.
Esse era o cenário inicial. Isso tudo aí é pintura, daí quando começou o ballet de verdade, os personagens apareceram atrás dessa pintura e com um jogo de luz, parecia que a pintura ficou em segundo plano e os personagens em primeiro. É proibido tirar foto lá dentro, mas eu tenho certeza que os egípcios tiraram, depois eu pego algumas com eles.
O cenário era todo gigantesco, tudo muito colorido, as roupas tinham vários detalhes e seguiam a norma do filme. Eu fiquei encantada com tudo o que vi, sinceramente, acho que não me movi por uns 10 minutos desde que o negócio começou de tão lindo que era. Sabe, eu falo que ballet é só ver um monte de gente dando pulinhos, mas esse povo pula tão bonito. A técnica deles chega a perfeição.
Quando chegou na parte que eles dançam no gelo, começou a cair neve no palco e os dançarinos todos de roupa branca e acessórios brilhantes com aquelas coreografias que pareciam que eles dançavam junto com a neve. Mew, perfeito o negócio. Sabe aquelas bailarinas que ficam nas caixinhas de música? Os dançarinos principais pareciam mecânicos, os movimentos eram perfeitos, fiquei impressionada. Eles conseguem ser mecânicos e ”leves” ao mesmo tempo. Tinha um japonês lá que parecia que o cara tinha amortecedor nos pés, mew. Não dava para ver ele sair do chão, não dava para ver ele tocar o chão de novo de tão levinho que ele pulava. Muito legal.
Ah, antes de tudo começar, sempre tem um cara anunciando que é para desligar celular e tal, né. Daí a última coisa que o cara falou:
– Our ballet would like to welcome Mr. and Ms. Bush.
Ah, aí a platéia foi ao delírio. Todo mundo querendo ver onde estava o bendito do Bush, tirando foto, aplaudindo, assobiando, alguns estavam vaiando e tal. E eu fiquei lá olhando para o palco até a palhaçada acabar. Só porque o Bush estava lá eles iam fazer esse auê, pro inferno com isso. Nada a ver não, ele é uma pessoa como outra qualquer.
Gente, só sei que eu fiquei pasma, impressionada e encantada com esse ballet. Quem tiver a oportunidade de assistir, assista, é realmente impressionante. Se eu fiquei desse jeito, imaginem como as crianças que estavam lá ficaram. O negócio é encantador. Muito lindo mesmo. Quando eu saí do teatro a única coisa que eu fiquei pensando era como eu ia agradecer a Janet e o Charlie, da ONG dos estudantes internacionais. Eles alugaram uma van, pagaram o jantar e nos deram os ingressos. Isso tudo não saiu por menos que 200 dólares por pessoa e eles simplesmente nos deram tudo isso. Não só pelo valor, mas por tudo o que eu vi naquele teatro, sabe. É uma das coisas que eu nunca vou esquecer na minha vida.