Era o que eu temia…

Ah, minha gente. Lembram da conferência de fevereiro que eu falei?

Ah, que tristeza… nós fomos aceitos. Tô na merda agora.

Semana que vem começam as provas finais. Só na terça-feira eu tenho duas provas. Uma de Macroeconomics que vai ser simplesmente o livro todo e a outra de Business Principles com 9 capítulos. Nem quero pensar nessa conferência agora, passo longe!

Sobrou para mim

Para a aula de International Cultural Management, eu estou fazendo um trabalho com a Candace. Nós já apresentamos parte do trabalho na quarta-feira passada e a outra parte é amanhã.

Cheguei em casa ontem a noite e tinha um recado na secretária. A mãe da Candace ligando, disse que ela sofreu um acidente de carro e que está em observação no hospital. Não aconteceu nada, mas está em observação.

Eu era a responsável pelo trabalho da quarta-feira passada e ela era a responsável pelo trabalho de amanhã. Fui olhar mais emails ontem, torcendo para que ela tivesse mandado tudo antes de sofrer o bendito acidente. Que nada. Passei o dia refazendo o trabalho, pesquisa, slides e relatório final. Terminei faz pouco tempo e tenho um leve pressentimento de que vou apresentar tudo sozinha amanhã.

Eh, maravilha!! Sorte, para que te quero, né?!

The Nutcracker

Todos os 8 bolsistas ganharam ingressos para assistir ao ballet do Quebra Nozes, sim, o mesmo do filme da Disney.

Um casal veio nos pegar aqui no apartamento ontem por volta das 17h, Robert e Paulette. Muito gente fina os dois, já viajaram meio mundo. Daí nós fomos jantar em um restaurante italiano, de verdade mesmo, até o menu estava em italiano.

Feio, né? Mas foi isso aí que eu comi. Torteletti de queijo com espinafre, tomate e creme de 4 queijos. Mew, a hora que eu cortei um desses tortelettis aí, saiu o queijo derretendo de lá de dentro… ai que coisa gostosa! Me senti na Gadioli, estava muito bom, sabe aquele tempero na medida certa? Nossa, muito bom. Até comi devagar para não acabar rápido 😛

O restaurante também era muito bonito, pequeno, luz ambiente, música de fundo, muito legal. O único problema foram os egípcios… mew, os caras não param de tirar foto e foto com flash, flash duplo, enche o saco!! E depois da Black Friday, eles não somente estão com máquina digital, mas com filmadora! Oh, inferno!

Depois do restaurante nós tivemos que andar até o teatro, 4 quarteirões e eu com salto. Se eu soubesse que ia andar tanto, teria ido de tênis, pow! Chegamos no teatro e começou o tira-foto-freneticamente de novo. Peguei meu ingresso e subi para encontrar a minha cadeira. O cenário estava lindo sem nem começar o ballet. Nós estávamos na fileira do meio, consegui uma cadeira no corredor.

Esse era o cenário inicial. Isso tudo aí é pintura, daí quando começou o ballet de verdade, os personagens apareceram atrás dessa pintura e com um jogo de luz, parecia que a pintura ficou em segundo plano e os personagens em primeiro. É proibido tirar foto lá dentro, mas eu tenho certeza que os egípcios tiraram, depois eu pego algumas com eles.

O cenário era todo gigantesco, tudo muito colorido, as roupas tinham vários detalhes e seguiam a norma do filme. Eu fiquei encantada com tudo o que vi, sinceramente, acho que não me movi por uns 10 minutos desde que o negócio começou de tão lindo que era. Sabe, eu falo que ballet é só ver um monte de gente dando pulinhos, mas esse povo pula tão bonito. A técnica deles chega a perfeição.

Quando chegou na parte que eles dançam no gelo, começou a cair neve no palco e os dançarinos todos de roupa branca e acessórios brilhantes com aquelas coreografias que pareciam que eles dançavam junto com a neve. Mew, perfeito o negócio. Sabe aquelas bailarinas que ficam nas caixinhas de música? Os dançarinos principais pareciam mecânicos, os movimentos eram perfeitos, fiquei impressionada. Eles conseguem ser mecânicos e ”leves” ao mesmo tempo. Tinha um japonês lá que parecia que o cara tinha amortecedor nos pés, mew. Não dava para ver ele sair do chão, não dava para ver ele tocar o chão de novo de tão levinho que ele pulava. Muito legal.

Ah, antes de tudo começar, sempre tem um cara anunciando que é para desligar celular e tal, né. Daí a última coisa que o cara falou:

– Our ballet would like to welcome Mr. and Ms. Bush.

Ah, aí a platéia foi ao delírio. Todo mundo querendo ver onde estava o bendito do Bush, tirando foto, aplaudindo, assobiando, alguns estavam vaiando e tal. E eu fiquei lá olhando para o palco até a palhaçada acabar. Só porque o Bush estava lá eles iam fazer esse auê, pro inferno com isso.  Nada a ver não, ele é uma pessoa como outra qualquer.

Gente, só sei que eu fiquei pasma, impressionada e encantada com esse ballet. Quem tiver a oportunidade de assistir, assista, é realmente impressionante. Se eu fiquei desse jeito, imaginem como as crianças que estavam lá ficaram. O negócio é encantador. Muito lindo mesmo. Quando eu saí do teatro a única coisa que eu fiquei pensando era como eu ia agradecer a Janet e o Charlie, da ONG dos estudantes internacionais. Eles alugaram uma van, pagaram o jantar e nos deram os ingressos. Isso tudo não saiu por menos que 200 dólares por pessoa e eles simplesmente nos deram tudo isso. Não só pelo valor, mas por tudo o que eu vi naquele teatro, sabe. É uma das coisas que eu nunca vou esquecer na minha vida.

Rato – A saga IV

Na quarta-feira a noite, quando estava assistindo Sicko na sala, eu ouvi um barulho de alguma coisa se mexendo dentro da despensa e pensei que o rato estava lá, mas me recusei a abrir a porta para comprovar. Fiquei lá assistindo o filme.

Como ontem não ficou ninguém no apartamento, os ratos fizeram a festa, né. Cheguei em casa ontem a noite e me recusei a olhar na despensa e embaixo da pia, que é onde estão as ratoeiras.

Acordei hoje cedo e não tinha mais jeito, tinha que abrir a despensa para pegar o Nesquik de lá, né… quero tomar café. Abri bem devagar, porque já suspeitava que tinha um ser lá dentro. Tinha mesmo.

Troquei de roupa, nem escovei o dente e nem o cabelo, fui lá na administração do condomínio. Falei para a moça que tinha mais um rato aqui e ela chamou o chefe da manutenção para vir até o apartamento comigo. Ele veio junto com um ajudante, abriram a porta da despensa e o rato começou a se mexer, mexer, mexer, e gritar, gritar, gritar. E o telefone tocando, e eu falando no telefone, e o rato gritando, e a vassoura se mexendo pra tirar o rato de lá… aaaah, que zonaaaa.

Nem lembro direito o que eu falei no telefone, mas era para a Ebony, então tá de boa.

O rato de hoje era de tamanho médio, devia ter uns 5 cm e era mais cinza do que os outros, quase preto. Os dois caras pegaram o rato e jogaram fora. O chefe da manutenção finalmente tapou o buraco que fica no ar condicionado!! EEEEEEEHHHH alegria!!!

Vamos ver se agora vem mais algum rato para cá. Contagem até o momento: 5.

E agora eu vou tomar café da manhã.

Thanksgiving dinner

Ontem foi Thanksgiving aqui nos EUA e é muito tradicional ter o que eles chamam de Thanksgiving Dinner, que acontece por volta das 14h.

Fui almoçar com a Macarena e com o marido dela na casa de uma amiga deles, a Anne. Ela trabalha no College também. A casa fica a 1h daqui mais ou menos e é em uma vizinhança muito bonita, cheia de árvores e casas muito típicas. O interessante é que eu vi várias casas com portas vermelhas (!), sem motivo aparente.

Para começar o dia, fiz pão de queijo para levar ao almoço. Chegando lá, conheci a filha da Anne, a Ana, o marido da Ana, os dois filhos da Ana e o outro que está na barriga dela. Também conheci uma moça russa chamada Nadia, muito gente fina e até me mostrou que ”sabe” dançar samba. Dei muita risada, ela parecia o coisinha de jesus!

Aí fomos nós terminar de cozinhar tudo, colocar a mesa e sentar para comer. Eles me explicaram que Thanksgiving acontece por conta da dominação e colônia dos indígenas daqui. Os indígenas foram dominados por um povo que eu esqueci o nome e depois de um tempo, todo mundo fez as pases. Para comemorar, houve um jantar onde os indígenas trouxeram as comidas típicas daqui (batata, abóbora, amora, milho e tals) e o outro povo trouxe o peru. Todo jantar de Thanksgiving tem o bendito peru e o bixo é grande.

Isso aí foi o que eu comi, praticamente tudo o que estava disponível na mesa 😛 só não peguei um negócio que foi feito com ostras e milho, o resto está no prato.

O negócio melequento lá no fundo é vagem com cogumelo e creme de queijo, acho que isso ficaria gostoso se tivesse um pouco de sal, pelo menos. O negócio bege do lado direito é o purê de batata que também precisava de sal. O negócio cor de vômito mais embaixo é o que eles chamam de stuffing, sabe aquela farofa que a gente enfia dentro do coitado do frango assado? Então, isso é o tal do stuffing, só que aqui eles fazem com pão triturado. Esse negócio sem cor no meio do prato é o peru e o creme por cima dele é o graving, que é um creme bem nojento feito do caldo que fica na forma quando o peru sai do forno, eca. E se nós fizermos um creme desses com o caldo que sai do porco assado no Natal?? Imagina a quantidade de gordura que ficaria no creme? Mew, que nojo. Ok, vamos lá… O negócio cor de beterraba não é beterraba, é o cranberries sauce, que de molho não tem nada, é tipo uma geléia de amora mesmo e é gostosa. Esse negócio laranja que parece uma abóbora é na verdade batata doce. E bota doce nisso!! Mew, mardito negócio doce!!

Ah, nem deu para comer o pão de queijo aí porque o povo já tinha pego o resto. Sabe, a comida estava legalzinha, mas não é aquela coisa ”comi até rachar”, porque não dá vontade de repetir.

Isso aí foi a sobremesa. Torta de maçã e torta de morango com café com leite. As tortas foram feitas pela Macarena e eu comi um pedaço da famosa torta de abóbora, que foi feita pela Ana. Os doces estavam gostosos, mas o café… eta negocinho aguado!!

Depois do almoço a gente ficou lá conversando, nada de interessante, só para ter o que falar mesmo. Daí o marido da Macarena e o marido da Ana começaram a assistir futebol americano. Eles dizem que é tradição ter o jantar de Thanksgiving e assistir jogo depois. Até as mulheres fazem isso por aqui. Como eu e a Nadia não eramos muito chegadas, eu fiquei lá conversando com ela e consegui ter uma visão muito ampla sobre como o sistema educacional na Rússia funciona.

Viemos embora por volta das 18h30 e a Macarena disse que ia ter um jogo na TV que eles queriam assistir e me convidaram para ficar lá com eles. Beleza, vamos assistir jogo. University of Texas x Texas A&M, que também é uma universidade. O filho da Macarena estava lá assistindo, porque ele se formou ano passado pela UT. Ela disse que o estádio fica cerca de 1h daqui e eu perguntei porque ela não foi lá assistir. Os ingressos variam de 50 a 160 dólares, caro para inferno.

O jogo foi legal, eu dei risada de umas coisas e consegui entender umas regras do futebol americano. Precisa ter saco para assistir, 3h45min. de jogo! Isso porque a gente pegou na metade, porque antes disso a Macarena queria assistir mais um episódio de Survivor. E assim foi o meu dia de Thanksgiving! Cheguei em casa super cansada de ter que fazer o social o tempo todo.

Ah, como a Macarena vai viajar durante o natal e o ano novo, ela perguntou se eu posso ficar na casa dela para cuidar da Dixie, a beagle que ela tem. Vamos ver no que vai dar.

Correndo com tesouras

Assisti ontem a noite aqui no computador. Filme muito louco (literalmente). Running with scissors é uma expressão usada em inglês, mas eu não consigo traduzir. Nesse link tem a explicação em inglês.

Nem sei como resumir o filme aqui de tão sem noção que é. Bom, vou tentar. É uma história real, era um livro e virou filme no ano passado. Conta a história de um garoto que cresce rodeado de pessoas problemáticas. Sua mãe, lelé de tudo, ”doa” o filho para o seu psiquiatra e é em uma casa cheia de coisas bizarras que ele cresce. Detalhe: o menino é gay. Nem sei como falar qual o desfecho disso tudo, porque é difícil identificar quando isso acontece.

Trilha sonora muito legal, tem uma música chamada Bennie and the Jets. Ouvi pela primeira vez em Vestida para Casar e achei muito legal. Antiga e muito boa.

Esse filme faz lembrar muito Pequena Miss Sunshine quando você pensa nas características inusitadas de cada personagem, mas a história em si não tem nada a ver. É um filme bem sei lá. Muito bom para assistir quando você acha que a sua vida é uma porcaria.

Sicko vs. Sistema de saúde

A Macarena me emprestou esse DVD. É um documentário do Michael Moore.

Os relatos são sobre o sistema de saúde americano. Aqui todo mundo é obrigado a ter plano de saúde (até eu tenho), porque nada é pago pelo governo e o filme mostra isso de uma forma bem crítica. Ele compara o sistema dos EUA com o de Londres, da França, do Canadá e de Cuba. É uma jogada muito interessante quando chega na parte de Cuba, é um tapa na cara dos americanos.

Nesses outros lugares que ele mostrou como funciona o sistema de saúde, nada é pago. Qualquer pessoa que estiver no território deles, seja imigrante, residente ou cidadão, tem o direito de receber qualquer tipo de tratamento que seja necessário para que a saúde da pessoa não seja prejudicada. Tudo gratuito mesmo.

Por incrível que pareça, a França ainda tem um sistema em que alguns empregados específicos vão até a casa dos moradores para lavar a roupa, fazer jantar, cuidar das crianças e coisa do tipo. Fiquei pasma quando vi isso, mas é verdade mesmo. Creche também tem um valor simplesmente simbólico, 1 dólar por hora e todos os empregados da creche tem que ser graduados na área de atuação, no mínimo.

Aqui nos EUA, quando uma pessoa não tem dinheiro para pagar o tratamento ou qualquer coisa que precise ser feita em um hospital, ela não pode ficar no hospital. O documentário mostra que essas pessoas são colocadas dentro de um taxi e literalmente jogadas em frente a qualquer outro hospital da cidade. Ou seja, praticamente um hospital passa a bola para o outro só porque a pessoa não tem como pagar o tratamento.

Teve um senhor que perdeu parte de dois dedos de uma das mãos. O médico no hospital falou que ele podia escolher: pagar 60 mil dólares para colocar 1 dos dedos no lugar, OU pagar 12 mil dólares para ”colar” o que estava parcialmente fora de lugar. Lindo, não?

Além disso, mesmo com o plano de saúde obrigatório, o tempo de espera nos hospitais passa de 3 horas e as pessoas esperam e esperam nos corredores. Isso porque eles estão pagando! Outro dia a Macarena me contou que o marido dela precisou ir ao médico para tirar um algodão que ficou preso no ouvido dele (!), o preço por ele ter ido ao médico e tirado o algodão: 8 mil dólares. Eles só pagaram 400, porque é isso que o plano de saúde cobrou. Mas… mew, 8 mil dólares para tirar um mísero algodão do ouvido?!

O irônico desse documentário é que eles mostram o tratamento e as salas médicas que existem dentro da prisão de Guantánamo, em Cuba. Os prisioneiros mais temidos pelos EUA tem todo o direito de receber o melhor tratamento possível, sem pagar nada. Daí o Michael Moore, bem esperto, juntou um grupo de pessoas que não conseguiram receber tratamento adequado nos EUA e levou para Guantánamo, dizendo que eles tem o mesmo direito de receber o tratamento que os terroristas recebem. Nada aconteceu, né?

O tapa na cara dos EUA: As pessoas que foram até Cuba entraram em um hospital e pediram tratamento. Conseguiram tudo o que precisavam, foram diagnosticados e receberam todos os medicamentos necessários para continuar o tratamento nos EUA. Uma das senhoras que estava no grupo foi até uma farmácia e perguntou por um remédio específico. Nos EUA, o remédio que ela procurou custa 107 dólares e em Cuba, só 5 centavos. Todos os pacientes se emocionaram demais e foram muito gratos a todos os médicos em Cuba.

Pois então… os brasileiros reclamam que o atendimento médico é uma porcaria, assistam a esse documentário. Está certo que o sistema do Brasil não chega perto de ser perfeito. Filas de espera gigantescas, qualidade bem baixa, médicos mal remunerados, falta de equipamento e blablaba. Algumas pessoas até podem morrer por não terem um plano de saúde particular, mas é raro isso acontecer quando você está pagando, como é o caso dos EUA.

O documentário tem mais de 2h de duração e é muito bom. Você consegue ter uma perspectiva muito clara sobre como as coisas funcionam aqui e quem é que comanda tudo. Recomendo.

Aaaaaahhhhh

Alguém me explica por que só eu levo choque quando tiro a roupa da secadora?!?!

Pow, mew!! Assim não dá!!

Friooooo 3

Dá só uma olhada. Será que estava frio??

Aranha from hell

Estava na parede de um dos corredores do College. Ironicamente, entre as salas de dois professores de biologia.

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