This post won’t have an English version. Whenever I finish reading a book, I write a very simple review, just to keep record. This is what I’m doing below.
Comecei a ler esse livro em 2008, levei para os EUA comigo e trouxe de volta. Terminei ontem. Carlos Ruiz Zafón é o autor, o mesmo de A Somba do Vento (livro maravilhoso). Eu comprei porque gostei do primeiro livro desse autor, mas não foi aquela coisa.
Conta a história de um escritor que é bem sucedido com algumas histórias, mas quando realmente pode subir de vida, não tem permissão para usar seu próprio nome em suas histórias. Quando finalmente consegue escrever seu próprio livro com seu próprio nome, várias coisas ruins acontecem em sua vida e ele encontra um homem que se diz ser o dono de uma editora francesa. Esse homem encomenda um livro para o personagem principal, diz que quer criar uma nova religião ou coisa parecida. Para isso, irá pagar adiantado e uma quantia substanciosa. Aí a história se desenrola com os mistérios da casa onde o personagem vive, símbolos de anjos espalhados em vários lugares, assassinatos misteriosos, amores platônico, obrigações com a sociedade e coisa assim.
Talvez eu não tenha conseguido pegar a essência da história por eu ter lido tudo picadinho, mas eu fiqueit tão decepcionada com o final. Não sei se não entendi direito, se não era o que eu esperava, se era o que eu esperava, ou o quê, mas não gostei nadinha. Fiquei muito p da vida quando li a última página. Pensei que esse livro ficaria tão bom quanto A Somba do Vento, mas nem fez vento (putz, juro que não tive a intenção de fazer esse trocadilho tosco). O livro tem partes engraçadas, tem conceitos muito interessantes, mas não sei se teria coragem de ler novamente.
Essa é uma das passagens (página 162) que me deixou mais de boca aberta do que qualquer coisa:
– Sobreviver faz parte de nossa natureza. A fé é uma resposta instintiva a certos aspectos da existência que não podemos explicar de outra forma, seja isso o vazio moral que percebemos no universo, a certeza da morte, o mistério da origem das coisas ou o sentido de nossa própria vida, ou ainda a completa ausência dele. São aspectos elementares e de extraordinária simplicidade, mas nossas próprias limitações nos impedem de responder de modo compreensível a tais perguntas e por isso criamos, como defesa, uma resposta emocional. É pura e simples biologia.
– A seu ver, portanto, todas as crenças ou ideais não seriam mais que uma ficção.
– Toda interpretação ou observação da realidade o é, necessariamente. Nesse caso, o problema reside no fato de que o homem é um animal moral num universo amoral, condenado a uma existência finita e sem nenhum outro significado além de perpetuar o ciclo natural da espécie. É impossível sobreviver num estado prolongado de realidade, pelo menos para um ser humano. Passamos boa parte de nessas vidas sonhando, sobretudo quando estamos acordados. Como disse, simples biologia.