Field Museum & Art Institute (parte 1)

Diversos imprevistos surgiram durante essa viagem, um deles foi na noite de domingo, o carregador do meu notebook parou de funcionar. Então nos planos para a segunda-feira, precisei incluir a busca por uma loja para comprar outro carregador.

A minha ideia inicial era visitar o Art Institute na segunda-feira e o Field Museum na terça-feira (hoje), justamente para não acumular muita coisa em um mesmo dia e não ficar cansativo. Mas isso mudou depois que eu vi o preço do Uber, já que eu não estava disposta a usar o metrô. Ida e volta para o centro de Chicago ficava em torno de R$ 500,00, ou seja, replanejei de novo para visitar tudo no mesmo dia.

Field Museum: belíssimo! Todas as exposições eram muito grandiosas, era tudo muito pensado na experiência do visitante, a comunicação sobre as obras exportas, a organização da rota de visitação, todas as exposições tinham iluminação própria, temperatura própria e até mesmo cheiro próprio. Levei 2,5h para percorrer tudo e com bastante calma, não precisei agilizar o passo para nada. Foi incrível.

O momento mais delicado do Field Museum para mim foi a exibição sobre a África. Tinha uma área que falava sobre a escravidão e, como o museu preza muito pela imersão, tinha uma simulação de um porão. A primeira coisa que você vê ao entrar é um ambiente muito pequeno, todo escuro e fechado, com duas pequenas janelas bem no alto que direcionavam a luz do sol para o chão do porão, nesse pequeno feixe de luz tinha uma frase falando sobre liberdade. Logo em seguida você continua andando para uma espécie de ponte para sair do porão e a cena se resume em alguns homens olhando para você dizendo que você foi vendido. Eu saí de lá com um peso enorme no coração, toda arrepiada e chorando. Procurei um lugar para sentar, esperei uns minutos antes de continuar a visita. Não consegui simplesmente continuar andando com essa sensação horrível, foi muito marcante, precisei de uma pausa. Até mesmo agora escrevendo e relembrando isso estou com um nó na garganta.

A liberdade não tem preço.

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