Ajudante de Papai Noel

Tá bom, tá bom. Aí está a foto 😐

Sem zoar… os coreanos que estão do lado esquerdo não estão parecendo um mico leão dourado?? Eles são irmãos, o de preto e  banco é homem e a outra é mulher, eu acho que eles dividem a mesma tinta de cabelo.

Turmas

Nos últimos dias de aula eu tentei tirar fotos das turmas com quem estava estudando, só uma deu certo. Nas outras aulas, ou os alunos não queriam, ou não ia dar tempo.

Essa é a minha ex-turma de Business Ethics. Aprendi muito nessa aula e dei risada pra caramba também. Galera super gente boa. A professora está aí no meio também, mas não posso identificar quem é… se eu não tiver a permissão dela, isso é contra a lei.

Charming Charlie

Tais, tirei foto da loja sim, mas tirei uma só, porque tinha muita gente.

Essa aí é a parte dos acessórios de natal e lá no fundo você consegue ver um dos quiosques. Todos são da mesma forma, com as bolsas na parte de baixo, os colares, pulseiras e brincos na parte de cima.

Final de ano

Descobri que dia 24 de dezembro aqui é a mesma coisa que nada. Ninguém comemora nada na noite do 24, eles vão dormir na mesma hora, fazem tudo normal. Eles comemoram o natal no dia 25, daí a família fica reunida para o que eles chamam de Christmas Dinner, que é um almoço por volta das 14h.

Ou seja, dia 24 estarei aqui na casa da Macarena com a Dixie comendo a minha super ceia de Natal: sucrilhos com aveia e mel.

No dia 25 eu vou para a casa da Claire, ela me chamou para passar o natal com a família dela. Vou dormir na casa dela, porque no dia 26 de manhã ela vai me levar para o aeroporto. Aí começa a minha viagem. Meu voo sai de Houston no dia 26 as 8h da manhã.

Dezembro:

26 – Los Angeles

27 – Las Vegas

28 – Grand Canyon

29 – Las Vegas

30 – San Francisco

31 – San Francisco

Janeiro:

01 – Los Angeles

02 – Los Angeles (Universal Studios)

03 – Hollywood e a minha viagem acaba

Saio de Los Angeles no dia 03 de janeiro as 14h30, só que não vou voltar de avião, vou voltar de trem. Isso demora 2 dias para chegar em Houston de novo, mas vou passar por vários lugares e paisagens diferentes. O problema é que eu vou ficar 2 dias sem tomar banho, isso vai ser meio bizarro.

Vou viajar com a Débora, uma brasileira que, por coincidência, ia comigo para a FATEC na van e ela é de São José dos Campos. É uma excursão guiada de ônibus, em todos os hotéis que nós vamos ficar tem internet, mas não sei quanto tempo vou ter para atualizar o blog. Portanto, a partir de sexta-feira, se eu não atualizar nada aqui, é porque a minha viagem está muito ocupada 😛

Galleria Mall

Ontem a Claire, chefe do departamento de Business do College, me convidou para fazer umas compras de natal com ela. Lá fui eu as 10h da manhã para o shopping.

Passamos na estação de trem onde vou chegar no dia 05 de janeiro. Não tinha cara de estação de trem, porque era no meio do nada, mas consegui pegar a minha passagem sem problemas.

Depois fomos a um lugar que parece um brechó, mas é de uma organização católica daqui. As roupas e objetos são doados e eles revendem por um preço baixo, o dinheiro arrecadado vai para pessoas pobres da região. Tinha um montão de roupa de marca por lá e vários casacos de frio, coisas bonitas, coisas feias, coisas bregas e por aí vai. Tirei umas fotos do lugar. Tinha tanta coisa por lá, mas era tudo muito organizado. As pessoas que trabalham por lá são todas voluntárias, ou seja, só tinha mulher com mais de 70 anos de idade, todas aposentadas.

Você encontra de tudo por lá. Uma coisa que eu achei super bonita foi uma mesinha de centro do japão. Era oval, preta e dentro do vidro que cobre a parte de cima tinha umas figuras em auto relevo. Achei muito bonita, mas custava $300 só a mesinha. Fiquei imaginando quanto ela custou na realidade para os primeiros donos :-/

Depois de lá nós fomos para um shopping que se chama Galleria. É um shopping gigantesco, toma 2 quarteirões do centro da cidade, uma rua divide os prédios. O shopping tem 4 andares e você encontra gente de várias nacionalidades ali, tem gente que sai do México e vai nesse shopping só para fazer as compras de natal. O problema: é tudo mais caro que não sei o que, porque são todas lojas de marca ou de grandes cadeias. Ou seja, só dava eu de All Star por lá, né. Todo mundo era chique demais, eu era um peixe fora da água.

Fomos almoçar e, graças a Deus, a Claire também não gosta de comida apimentada. Fomos a um restaurante italiano.

Comi isso aí e estava gostoso, mas não é aquela coisa de ”puta merda, preciso comer de novo”. Era decente, mas não delicioso.

Daí nós fomos nas lojas que a Claire queria ir. Uma delas se chama Charming Charlie, só bijuteria, bolsas e acessórios. Tudo organizado por cor em quiosques redondos espalhados pela loja. A organização era lindíssima, o que fazia com que as coisas também ficassem bonitas. Eu não gosto dessas coisas, mas me surpreendi com essa loja. Tinha tanta coisa diferente, tanta coisa delicada, tanta coisa bonita e naquela medida que não estorva ninguém. Passamos mais de 1h só olhando as coisas e ajudei a Claire a escolher umas coisas para a filha dela.

Eu não comprei nada para ninguém nessa loja, mas cada hora que eu ia para um quiosque de cor diferente, reconhecia uma pessoa diferente, minha mãe estava em todas. Ou seja, vou ter que voltar nessa loja antes de ir para o Brasil de novo. Só para vocês terem uma idéia de como a loja é decente, eu sei que vou comprar coisas para mim também de tão diferente que é o negócio.

Depois nós fomos para o outro prédio no outro quarteirão, em uma loja que não lembro o nome, mas só essa loja tinha 3 andares. A Claire pegou umas coisas e quando ela foi no banheiro, eu olhei o preço de um cachecol que ela pegou, 58 dólares por um cachechol preto?! Não pago nem ferrando!!

Daí a gente veio embora. Cansei de andar, vi bastante coisa diferente e passei um tempo fora de casa. Gosto de conversar com a Claire, ela é gente fina. Antes de vir embora, passei na casa dela para pegar uma mala emprestada, daí não preciso ir viajar de mochileira 😛

Dixie

A Macarena está viajando e eu estou na casa dela tomando conta da Dixie, é uma beagle de 8 anos de idade.

Ela toma dois remédios toda manhã, um para tireóide (!!) e outro para a perna dela, que está meio manca há umas 3 semanas. Alguma coisa aconteceu no joelho, não lembro direito.

A Dixie tem várias roupinhas. Dorme na cama da Macarena e tem 2 cobertores, um azul e um vermelho, ela escolhe por conta própria qual cobertor ela quer. Quando chega entre 21h-21h30 ela vai até você, fica chorando e olhando para  a sua cara como se fosse a coisa mais triste do mundo. Daí eu levanto, sigo a criança e ela me leva até o cobertor que ela quer. Depois da escolha do bendito cobertor (que até hoje só foi o vermelho), eu cubro a maledeta e ela dorme até o outro dia. Essa é a Dixie.

Sabe, eu pensei que ia ser fácil cuidar dela, já tem 8 anos, sabe cuidar de si mesma e tal. Só que ela come comida de gente, ou seja, eu tenho que cozinhar para ela. Tudo o que eu como, ela come, tadinha. Mew, eu não cozinho bem, só sei fazer macarrão decente e é isso que ela tem comido.

O problema é que ela late demais, demais mesmo, sem zoar. A vizinhança toda tem cachorro e só ela late, é impressionate! O triste é que eu recebi instruções de não deixar ela latindo por muito tempo lá fora por causa dos vizinhos. Mew, já saí correndo atrás dela várias vezes ali no quintal. O quintal da Macarena é grande, cansa ficar correndo atrás dela. E o pior, ela tá mancando e consegue ser mais rápida que eu!!

Ontem cheguei em casa e tinha vômito no tapete. Não parecia vômito, porque o macarrão estava intacto, como se tivesse saído exclusivamente da panela. Ou seja, ela não mastiga, ela só engole. Beleza. Fui na cozinha buscar alguma coisa para limpar a merda e quando voltei ela estava comendo o vômito de novo, mew! Sabe, na boa, eu não tenho nojo dessas coisas, mas parece que ela me esperou chegar só para comer o próprio vômito na minha frente.

Festa de natal

No sábado eu fui a uma festa de natal organizada pela ONG dos estudantes internacionais aqui.

A festa foi em um lugar que fica a cerca de 20 minutos daqui. Cada pessoa tinha que levar um presente, porque ia ter uma brincadeira tipo amigo secreto. Como eu sou ótima para essas coisas, só lembrei de última hora. Nem que se eu tivesse lembrado antes ia comprar um presente mesmo, então beleza. Procurei nas minhas coisas aqui e encontrei um colar que comprei em Ubatuba há uns 10 anos. É um fio roxo que tem textura de gosma com um pingente, um gnomo sentado em uma pedra marrom tocando flauta. Eu gostava desse colar, mas só usei algumas vezes e era tudo feito a mão.

Daí eu fiquei pensando, vai que eu tiro um homem, o colar não ia ficar muito decente. Daí pesquisei mais e encontrei um chaveiro de uma papete feita de couro. Não sei de onde surgiu isso, mas encontrei aqui. OK. Agora só faltava achar alguma coisa para embrulhar a bagaça, não achei, levei em branco mesmo.

Como eu estou sozinha aqui, a Janet arranjou alguém pra me levar para a festa. Era um senhor e uma senhora muito gente fina. O carro deles é o cão! Mew, você nem precisa segurar na maçaneta da porta para abrir ou fechar, eles apertam um botão na chave e a porta abre sozinha. Achei um máximo isso. Quando a gente desceu do carro, a moça foi no porta malas pegar a comida que ela levou, fiquei mais pasma ainda quando vi que era só apertar outro botão que o porta malas abria e fechava sozinho! Imagina quanto custa esse carro?? O pior: no final da festa, o cara tinha que dar marcha ré para tirar o carro do estacionamento. O carro tem aquela câmera na parte de trás que mostra o que tem atrás quando dá ré, o cara conseguiu bater em um carro mesmo assim! Nem com tanta tecnologia esse povo consegue ser normal! Não aconteceu nada com nenhum dos carros, mas eu não aguentei e dei tanta risada, gente. Eu vi que eles ficaram meio p da vida com isso, mas eu caí na risada mesmo assim. Ah, nunca mais vou ver esse povo mesmo, azar.

A decoração estava muito bonita. Tudo muito bem organizado, comida muito gostosa, e não tinha muita gente. No meio da festa, encontrei um cara que morou em Salvador por 15 anos, ele conseguia se comunicar em português e ainda tinha sotaque, mas misturava bastante português com inglês. A esposa e os 2 filhos não sabem nada de português, mas eles já foram para o Brasil várias vezes.

Bom, comi, comi, comi e chegou a hora da brincadeira de trocar os presentes. Eles organizaram todo mundo em um círculo gigante. Cada pessoa com um presente na mão. Funcionava assim: eles iam ler uma história que tinha várias palavras right (direita) e left (esquerda). Quando você ouvia a palavra, tinha que passar para a pessoa do seu lado. Só que como o inglês era a segunda língua para todo mundo e muita gente ainda tem problema para saber onde raios fica a direita e onde raios fica a esquerda, foi uma zona. Tinha gente que aparecia com 2 presentes e teve um cara que conseguiu ficar com 3 presentes na mão, maior bagunça. No final da história, cada pessoa ficava com o presente que tinha em mãos. E eu lá vendo onde o meu gnomo ia parar. Ahh, esqueci, quando eu falei para a Janet que não tinha embrulhado meu presente, ela me deu um copinho de plástico com um guardanapo todo enfeitado e fez um embrulho para mim. Ou seja, a pessoa que ficou com o meu presente já sabia que ia ser merda só pelo embrulho.

Eu fiquei com uma sacola super pesada e não quis abrir para ver o que era antes de chegar em casa. Fiquei lá olhando para ver quem ficou com o meu presente. Tadinho, era um menino com uns 12 anos de idade, ele foi para a mesa e mostrou o presente para a mãe dele. Quando ela tocou o colar, ela fez uma cara de nojo muito da hora. Eu me aguentei para não dar risada, já que eles não sabiam quem tinha dado aquilo. Tadinho, o muleque ficou tão decepcionado, fazer o que!

Esse foi o meu presente. Duas capas para almofada, uma bola de futebol americano, PIMENTA (!!!), chá e esses coisos enlatados aí. Mew, quem é que come Pinto Beans?! Fala sério. Certamente vou ficar com as capas de almofada e com o chá, mas o resto eu vou dar para outras pessoas.

A festa foi legal. Eu até servi de ajudante de Papei Noel. Eu tinha que pegar os presentes em uma caixa de papelão, ler o nome da etiqueta (porque o Papei Noel era meio cego) e ele entregava o presente para a criança. Li uns 5 nomes errados, era tudo bizarro, não tive culpa. O pior: tive que usar um arquinho com uma toca de ajudante de Papai Noel. Beleza, levei na esportiva.

No final a gente ainda cantou várias musiquinhas de natal. Quem quiser ver, está no YouTube. É bizarro ver todo mundo tentando cantar afinado. Os egípcios do meu lado eram muito zoados, eu dei mais risada do que cantei 😛

Me diverti, comi bastante e dei muita risada. Foi legal.